quinta-feira, 28 de abril de 2011

A Night to Remember

Ontem eu vivi uma das noites mais incríveis da minha vida.

Década de 90: meninos e meninas adolescentes se apaixonaram por uma balada. foram finais de semana seguidos por anos indo no mesmo lugar, encontrando as mesmas pessoas, fortalecendo as amizades, conhecendo mais gente, se apaixonando e se desapaixonando, conhecendo o que era boa música de verdade - os djs de lá fazem sucesso até hoje. House, R&B, RAP nacional, cheiro de cigarro de cravo, gelo seco.
Foi uma balada que marcou nossa época e deixou saudade para sempre em quem foi. Moldou personalidades, gostos e construiu nossa história. Alguns contatos continuaram mas, como naquela época ainda não existia internet, o tempo foi levando as pessoas embora.

Nesse meio tempo, sempre sonhei em reencontrar as pessoas, em poder viver aquilo de novo. Te juro que sou muito feliz, e não sou do tipo nostálgica presa ao passado, mas se existisse uma volta ao passado, era para um domingo daqueles que eu queria voltar. Ouvir e dançar todas aquelas músicas, rever e abraçar meus amigos queridos, curtir tudo mais um pouco.

Começo de 2000: Internet, Orkut, algumas pessoas recuperaram o contrato, alguns foram recuperados. O tempo passou, mas o carinho continuou o mesmo, preservado pelas lembranças.

Há umas 3 semanas: uma das meninas que era minha grande amiga na época me adicionou a um grupo no Facebook, o grupo daquela matinê. Aí sim, encontrei todo mundo - ou quase - e me senti numa máquina do tempo. O grupo já existia há um tempo e o povo já tinha feito alguns encontros. O próximo estava para acontecer, foi ontem.

Ontem: não vou mentir, estava receosa e quase não fui. Não conhecia boa parte das pessoas, poucos dos meus amigos mesmo iam e eu estava com muito medo de ficar deslocada. AINDA BEM QUE FUI.
Quando eu cheguei na baladinha e localizei o povo, foi mágico. Aqueles rostos todos ali de novo, sorrindo e se abraçando. Eu fui me aproximando, localizei três amigos meus muito queridos numa rodinha - o Daniel, o Daniel e o Luís - haha, vamos deixar os apelidos da época in Vegas - e eles me receberam TÃO BEM, mas tão bem que me senti acolhida na hora! Aí veio a Paula, maior responsável por eu não ter desistido de ir, e meu deu um abraço tão grande, e foram tantos outros abraços e recepções calorosas pela noite toda...

Quase chorei, olha que ridícula! O clima estava ótimo, todo mundo se misturando, alguns empolgados com o som flashback que tava rolando faziam umas dancinhas da época e todo mundo ria. As pessoas estavam genuinamente felizes por te reencontrar. Todos ali fizeram parte da história uns dos outros.

Os que te conheceram sabem bem a pessoa que você é, gostam de você de verdade e estavam tão felizes quanto eu em saber que, após tantos anos, todos ali estão bem, vivos e felizes.

Conversei com gente que eu não conversava na época, mas que tem tudo a ver comigo.

Conversei e fiquei perto de quem eu jamais imaginaria chegar perto e ficar tão á vontade.

Revi paixonites e fiquei feliz em confirmar que o sentimento evoluiu para um carinho incondicional.

Conversei com gente que eu não gostava e que não gostava de mim  (sem motivo algum, coisas de aborrecentes) e rimos disso.

Passei boa parte da noite conversando com uma menina que eu achava super brava e tinha até medo de olhar.

Conheci duas queridas que me fizeram ser a última cliente ontem, de tanto que papeamos. Ouvi que estou igualzinha mesmo após 20 anos (uau! Up na autoestima!), ri, soube da vida deles hoje, dancei, abracei, tirei fotos... Mágico, inesquecível e muito especial.

Estar lá trouxe um pedacinho daquilo de volta, e foi um modo de celebrar a vida, os tempos que não voltam, os amigos que moram longe e também os que já se foram.

Sou muito grata por ter vivido tudo aquilo na minha adolescência e por poder ter vivido esse reencontro ontem. E ontem, revendo essas pessoas, entendi o motivo delas terem marcado tanto minha vida e serem eternas para mim: o tempo só nos fez bem!

E que venham os próximos encontros!

domingo, 24 de abril de 2011

O blábláblá eterno de uma mente sem descanso - e culpada

Ai, credo: insônia de final de feriadão. Após dias e dias de ócio e dedicação ao lazer o Superego vem com tudo, quando menos espero, na hora de dormir.
Tudo começou quando tive a brilhante ideia de me pesar após 4 dias de comilança desenfreada (ovos de Páscoa, fast-food, pipoca, até beber eu bebi): gente, COMO ASSIM, SABE? Os 3 quilos que emagreci esses tempos voltaram. Sim TRÊS QUILOS. Aff.
Sabia que era uma péssima ideia mas, como preciso voltar a treinar de uma vez por todas, achei que isso seria uma terapia de choque para me motivar a voltar pra academia amanhã independente da preguiça.
Realmente, foi uma ótima terapia de choque: me choquei tanto com a balança que até perdi o sono #tudumtss


Como vocês sabem, emagreci 12 kg há 2 anos e depois eles voltaram trazendo mais alguns no final do ano passado: stress, decepções, angústias, fase difícil, coluna travada e meses sem treinar resultaram nisso. Aí, há mais ou menos um mês, decidi abandonar a neurose e ir devagar e sempre, apreciando todo e qualquer progresso. Desde então venho emagrecendo, mesmo que bem devagarinho e mesmo sem ter voltado a me exercitar.
Costumava adorar fazer esportes, mas depois de ter machucado a lombar, minhas opções se restringiram a : alongamento (amo),  musculação (PRECISO, para ajudar a fortalecer a musculatura da região), hidroginástica, caminhar na esteira e transport. Nada de boxe, nada de pular corda, nada de nadar, pelo menos por enquanto, nada de correr, nada de combat, nada de nada, né? Demais, né? #not
Super motivada com essas opções tão dinâmicas e de alta queima calórica, já poderia ter voltado a treinar desde Janeiro, mas e para ir?
Também estou mais introspectiva, e academias como essa que paguei - e tranquei após a lesão - me repelem quando estou assim: academia pequena, com os professores te conhecendo e percebendo sua ausência (cuidando da sua vida). Queria que ninguém nem me visse... Se pudesse ter a chave e ir treinar de madrugada sem ninguém ver, super iria.
E ainda sinto que nada me serve, que nem roupa para treinar eu tenho. Cheguei ao ponto de querer dar uma emagrecida antes de voltar pra academia, de vergonha - que sentido isso faz??? Pior que emagreci e aí voltou tudo, ai...
Mas Páscoa não é só um milhão de calorias, é renascimento, né? Então vamos às decisões PRÁTICAS quefazem alguma diferença, ao contrário dessa insônia chata. Enfim, resoluções que podem me ajudar a recuperar meu peso da semana passada rapidamente (em, no máximo, 2 semanas):
- Marcar 2 sessões de drenagem nessa semana.
- Comprar clorofila e tomar com abacaxi em jejum, para ajudar a desintoxicar.
- Voltar pra academia, no mínimo 3 vezes por semana (trnasport + musculação) custe o que custar, com todas as chateações
- Caprichar na dieta dessa semana.
- Comprar um frequencímetro bom - e fazer cada minuto de exercício render ao máximo.
- Ver com a fisio se posso andar de bicicleta. Se puder, uma alternativa que pensei é ir ao Parque das Bicicletas pelo menos uma vez por semana e pedalar por 45 minutos, 1 hora. Seria uma atividade aeróbica diferente, ao ar livre e bem mais prazerosa do que o transport.
- Voltar caminhando do trabalho ao menos duas vezes por semana - começando semana que vem, quando volto a trabalhar.

Pronto. Já esvaziei minha cabeça e despejei tudo aqui. Acho que calei o blábláblá eterno de uma mente sem descanso. Agora tenho que dormir, senão acordo tarde e com preguiça de treinar.:/

sábado, 23 de abril de 2011

E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia

Hoje é Dia de São Jorge, Dia de Ogum!
Como eu amo esse Santo/Orixá! Quanta gratidão tenho por ele, gratidão sem tamanho...
Ogum é aquele que abre os caminhos, é aquele que protege. Nos dá força e coragem para lutar. Nos dá proteção para continuar nossa caminhada. Ele é o responsável pelo Povo que cuida de nossas costas, pelo povo que põe a mão na massa para nos ajudar, pelo povo que limpa o que carregamos de prejudicial.


Apesar de ter o lado espiritual bem presente na minha vida, não sou de ficar acendendo vela e "enchendo saco de Santo" por qualquer probleminha. Eles sabem que, quando acendo uma vela e peço, a coisa tá pegando.
Há dois anos estávamos com muita dificuldade para conseguir resolver uns problemas relacionados ao financiamento de nossa casa: a vendedora estava de sacanagem - muita sacanagem, levamos um "não" do banco na primeira tentativa, era papelada que não saía, conflitos, prazos que venciam, a coisa estava muito desesperadora (eu chorava todo dia). Então eu acendi uma vela e "conversei" fervorosamente com São Jorge, pedindo ajuda, pedindo que ele abrisse nossos caminhos. Numa reviravolta deu tudo certo, e sabem que dia o financiamento saiu? 23 de Abril, claro. Desde então sou ainda mais grata a Jorge, eleito o guardião de nossa casa. Sua espada pode ser vista na entrada e sua imagem mora aqui com a gente.


Meu querido Jorge está sempre presente e é sempre festejado por mim. Não só hoje, mas no dia-a-dia, nas vitórias da vida. Esses dias eu nem precisei pedir, e ele abriu meus caminhos com tal capricho que eu me vi tendo que escolher entre SETE, sim, sete propostas boas de emprego.
E só agora, enquanto escrevo, que me dei conta: sabem qual foi o lugar que escolhi para trabalhar? O que tem um altar para Jorge/Ogum, com imagens dele e tudo.
SALVE, JORGE!!! OGUNHÊ, MEU PAI!


Também AMO a versão da Fernanda Abreu:


(Relevem as imagens dessa versão, não achei o clip original)

Nota: As imagens de Ogum que estão nesse post foram retiradas do site Jornal da Negritude: lindas e poderosas representações de Ogum.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Estudar tanto por quê? Qualquer um pode ser Psicólogo


Grava incumbe fisioterapeuta de ser psicólogo de Adriano

" Preterido na negociação de Adriano com o Corinthians, o empresário Gilmar Rinaldi polemizou ao declarar que seu antigo cliente precisava do amparo de um psiquiatra para voltar a fazer sucesso no futebol. O novo clube do atacante dispensou a contratação de um profissional da área, mas encontrou um meio de proporcionar terapia ao atleta.De acordo com o médico Joaquim Grava, o fisioterapeuta Bruno Mazziotti dará alicerce para Adriano se recuperar não apenas fisicamente. “O maior psicólogo para o atleta em um momento como esse é o fisioterapeuta. O jogador fica na companhia dele de manhã, à tarde e, às vezes, à noite”, comentou o médico..."
Por essas e outras não me arrependo de ter mudado de profissão: é muita ignorância! A população com preconceito de fazer terapia (ricos e pobres), Psicólogos se espremendo no RH - onde estão as oportunidades estáveis e a grana - enquanto milhares de pessoas precisam de atendimento e orientação psicológica em Hospitais e Escolas (Realengo?).
Ignorância geral em relação à profissão, classe desunida, Conselho que só aparece pra cobrar mensalidade, organizar congressos e mostrar o quanto é obsoleto: esse é o retrato da Psicologia no Brasil.
O último que apague a luz, que eu já parti faz tempo.


Nota: Recomendo a leitura do artigo completo de João Ricardo Cozac. Está ótimo, vale a leitura.